Friday, October 05, 2007

Capelanias S.A.

Discute-se muito uma Lei nova sobre a "assistência espiritual" nas Forças Armadas, Hospitais e Estabelecimentos Prisionais.
Em resumo o Governo pretende (ou pretendia) eliminar dos custos do Estado uma actividade que só diz respeito a um subconjunto de cidadãos. Simultaneamente era eliminada a publicidade agressiva da confissão católica, que ataca pessoas em situação de inferioridade física e mental.
Claro que a ICAR, principal prejudicada com esta acção, saiu à rua com todas as armas de que ainda dispõe e disporá assestando a mira sobre tudo o que a contraria, apresentando razões para a manutenção do status quo que são absolutamente irracionais.
Por outro lado, aqueles que se opõem à ICAR aduzem uma série de argumentos extremamente válidos e pertinentes para pessoas de boa fé, como sejam o tratamento igualitário de todos os cidadãos, a iniquidade do pagamento de um "serviço" de crença pelo Orçamento do Estado, etc..
Até hoje não vi uma referência ao facto que me parece fundamental na questão: a ICAR é um negócio, logo tem que vender, logo perder clientes e rendimentos é mau, portanto há que lutar contra essa possibilidade.
Para que fique claro, a ICAR não é uma religião (cada um acredita no que quer, felizmente) é, isso sim, um negócio montado sobre uma religião e luta pela sua sobrevivência financeira.



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