Sunday, October 16, 2011

Má fé

As medidas económicas tomadas pelo Governo são muito gravosas para a maioria do portugueses que trabalham por conta de outrem, principalmente para o Estado. Poderíamos achar que, mesmo não compreendendo algumas, todas eram fundadas nalgum procedimento cujo objectivo era, realmente, o saneamento financeiro das contas portuguesas.
Houve, é certo, algumas medidas que davam o alerta para o espírito com que eram determinadas, como por exemplo, a extinção da Inspecção das Autarquias Locais, ou a dificuldade acrescida de compra de anticoncepcionais.
Mas, o alarme geral, o cúmulo da má fé reside, por agora, na afirmação feita pelo primeiro ministro, de que os funcionários públicos ganhavam em média 15% mais que os empregados no sector privado. Vejamos só dois factos: 1) Os funcionários da privada ( o que inclui empresas propriedade do Estado) têm, a partir de certo nível, direito a telemóvel, automóvel com tudo pago, seguro, combustível e reparações, refeições, cartões de crédito, etc.,quanto é que isto vale?
2) Muitos dos funcionários públicos são juízes, magistrados, médicos, professores, ou seja, pessoas com formação superior e uma prática longa nas suas profissões, logo, ganham mais, o que implica que a média suba, até porque os funcionários das categorias inferiores têm vindo a sair, por reforma ou rescisão.
É impossível que o primeiro ministro desconheça estes factos, logo, agiu com má fé para tentar dividir a opinião pública. Não merece o nosso respeito.

Friday, October 07, 2011

A justiça portuguesa

A injustiça, mau funcionamento da justiça, continua. Os recursos até à prescrição do crime, o arrolamento de tantas testemunhas que o processo se torna inútil, a invalidação de provas...
Hoje foi o caso BCP, ontem o caso Isaltino.