Um dia destes o líder de um grande partido acordou muito mal disposto, é verdade o Sr. Mendes deve ter tido insónias e logo de manhã lembrou-se que há algum tempo não fazia nada para dizer mal do Sr. Sócrates, que é o que os seus amigos esperam dele. De facto não se pretende que planeie nada de inteligente, nem que diga alguma coisa que valha a pena, só interessa que diga mal do que o outro faz (e vice-versa).
Como o Sr. Sócrates é que manda no país, o que lhe resta é percorrer os jornais e arranjar motivos, no seu entender fortes, para criticar a acção do outro. Ao rever a comunicação social teve uma ideia genial: atacar o projecto do aeroporto da Ota e esperar que as marés fizessem alguma coisa de mau ao longo da costa.
Esqueceu muito convenientemente que o seu partido já tinha apoiado a construção do aeroporto naquele local e contratou técnicos, juristas, ecomomistas e quejandos para contrapôr argumentos à referida construção. Esta é a parte mais fácil de realizar, uma vez que há sempre gente pronta a dizer mal do que se faz, que pode não ser perfeito, mas é feito (1). E vieram muitos, que é muito caro, que não vai durar, que é longe, que é contra o ambiente, que tem vento assim ou assado, etc.. É claro que a comunicação social, pública e privada achou que era óptimo, acabados o referendo e a OPA, passamos para a OTA; uma noite destas havia dois canais televisivos com debates directos e em simultaneo sobre este assunto. Aliás toda a gente tem uma opinião.
Muito contente com o resultado, que obrigou membros do Governo a desdobrarem-se em justificações, algumas já muito conhecidas, o Sr. Mendes passou à segunda frente e também teve sorte: as marés do equinócio inundaram e destruiram o chamado parque de campismo da Costa da Caparica. Chamado, porque um parque de campismo verdadeiro não deve conter instalações de habitação permanente como é o caso. Voltando ao assunto: o Sr. Mendes precipitou-se para o parque e fez declarações para ver se aparecia outra vez nos telejornais, opinou sobre hidraulica, que não é manifestamente a sua especialidade, atacou o Sr. Sócrates por causa das marés, e da água, mas não conseguiu grande coisa.
Como deve estar agora a pensar no que fará a seguir, não o aeroporto na Baixa de Lisboa, não, também não pense em pôr os alegados campistas na Ponte, permita-me que lhe dê uma ideia: ponha os cam(pistas) nas pistas da Ota e o aeroporto na Caparica, assim uns apanham ar do campo e os turistas ficam logo na praia.
Esqueceu muito convenientemente que o seu partido já tinha apoiado a construção do aeroporto naquele local e contratou técnicos, juristas, ecomomistas e quejandos para contrapôr argumentos à referida construção. Esta é a parte mais fácil de realizar, uma vez que há sempre gente pronta a dizer mal do que se faz, que pode não ser perfeito, mas é feito (1). E vieram muitos, que é muito caro, que não vai durar, que é longe, que é contra o ambiente, que tem vento assim ou assado, etc.. É claro que a comunicação social, pública e privada achou que era óptimo, acabados o referendo e a OPA, passamos para a OTA; uma noite destas havia dois canais televisivos com debates directos e em simultaneo sobre este assunto. Aliás toda a gente tem uma opinião.
Muito contente com o resultado, que obrigou membros do Governo a desdobrarem-se em justificações, algumas já muito conhecidas, o Sr. Mendes passou à segunda frente e também teve sorte: as marés do equinócio inundaram e destruiram o chamado parque de campismo da Costa da Caparica. Chamado, porque um parque de campismo verdadeiro não deve conter instalações de habitação permanente como é o caso. Voltando ao assunto: o Sr. Mendes precipitou-se para o parque e fez declarações para ver se aparecia outra vez nos telejornais, opinou sobre hidraulica, que não é manifestamente a sua especialidade, atacou o Sr. Sócrates por causa das marés, e da água, mas não conseguiu grande coisa.
Como deve estar agora a pensar no que fará a seguir, não o aeroporto na Baixa de Lisboa, não, também não pense em pôr os alegados campistas na Ponte, permita-me que lhe dê uma ideia: ponha os cam(pistas) nas pistas da Ota e o aeroporto na Caparica, assim uns apanham ar do campo e os turistas ficam logo na praia.
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