Pessoa amiga fez-me notar que os CTT estavam a fazer uma campanha que os ajuda a determinar o assunto e possivelmente os conteúdos das novas emissões de sêlos, solicitando que eu votasse num assunto que achava de interesse nacional. Assim fiz e passado algum tempo, hoje, fui ver como estavam os números e fiquei absolutamente siderado. Os resultados mostram agora que os assuntos mais interessantes para os votantes são e por esta ordem: infertilidade, 60 anos da land-rover, radioamadorismo, taekwondo e automóveis portugueses. Muito mais abaixo na classificação estão: a arte portuguesa, figuras da República, ilustres reis de Portugal, origens do povo português, ciência em Portugal, etc..
Também há pouco tempo Salazar ganhou um concurso postumamente, em que a votação se fazia por via telefónica, facto que fez correr muita gente durante um ou dois dias, que é o tempo que duram as grandes notícias actualmente.
Há poucos dias também no Iraque, com pessoas a morrer todos os dias, com todas as instalações que proporcionam um viver razoável mais ou menos destruidas pela invasão anglo-americana, se correu a comprar cartões de telemóvel para votar num concurso de cantores que se realizava no Líbano, sendo uma concorrente de nacionalidade iraquiana.
Estes dois concursos, são idênticos na génese, embora com objectivos ligeiramente diferentes a um Big Brother qualquer em que se simula a democracia, com o objectivode arrecadar ganhos para o promotor. O mais grave é que os resultados são anunciados como "os portugueses (ou os iraquianos, ou franceses, ou...) escolheram para melhor cantor, ou maior português, fulano de tal. Estas proposições são aceites em geral e a maioria das pessoas fica espantada, quando digo "eles escolheram".
Na democracia que temos como regime, também nem toda a gente vota, mas toda a gente pode votar uma vez, é o príncipio um homem um voto, que se tenta aplicar o mais estritamente possível. Nos tais concursos isso não acontece, apenas se faz parecer que acontece, porque se uma pessoa votar mais que uma vez o lucro da organização aumenta e, por outro lado, como os votantes são relativamente poucos, não se corre o risco de serem em número superior à população.
Por mim a reacção que tenho e que preconizo em relação aos votos pagos, é simplesmente não votar
e em relação aos outros escolher os assuntos que me interessam e actuar em conformidade, sem paixões nem clubismos.
Também há pouco tempo Salazar ganhou um concurso postumamente, em que a votação se fazia por via telefónica, facto que fez correr muita gente durante um ou dois dias, que é o tempo que duram as grandes notícias actualmente.
Há poucos dias também no Iraque, com pessoas a morrer todos os dias, com todas as instalações que proporcionam um viver razoável mais ou menos destruidas pela invasão anglo-americana, se correu a comprar cartões de telemóvel para votar num concurso de cantores que se realizava no Líbano, sendo uma concorrente de nacionalidade iraquiana.
Estes dois concursos, são idênticos na génese, embora com objectivos ligeiramente diferentes a um Big Brother qualquer em que se simula a democracia, com o objectivode arrecadar ganhos para o promotor. O mais grave é que os resultados são anunciados como "os portugueses (ou os iraquianos, ou franceses, ou...) escolheram para melhor cantor, ou maior português, fulano de tal. Estas proposições são aceites em geral e a maioria das pessoas fica espantada, quando digo "eles escolheram".
Na democracia que temos como regime, também nem toda a gente vota, mas toda a gente pode votar uma vez, é o príncipio um homem um voto, que se tenta aplicar o mais estritamente possível. Nos tais concursos isso não acontece, apenas se faz parecer que acontece, porque se uma pessoa votar mais que uma vez o lucro da organização aumenta e, por outro lado, como os votantes são relativamente poucos, não se corre o risco de serem em número superior à população.
Por mim a reacção que tenho e que preconizo em relação aos votos pagos, é simplesmente não votar
e em relação aos outros escolher os assuntos que me interessam e actuar em conformidade, sem paixões nem clubismos.
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