Saturday, May 26, 2007

Inundação de informação

Em conversa com alguns amigos chegámos rapidamente à conclusão que, uns mais e outros menos, nos estávamos a alhear do que se passa em torno de nós, do comportamento geral da sociedade até muitos fait-divers.

Depressa concluimos que estamos a abandonar a consulta aos orgãos de comunicação escritos e a deixar de fazer parte das audiências dos meios audio-visuais. Será a culpa nossa, será nosso o desinteresse?
Falndo por mim, digo peremptoriamente que não, que continuo interessado no meio em que estou inserido, só que os referidos media não proporcionam a informação que me interessa.
Todos os media são propriedade de alguém, no sentido de que não pertencem à sociedade em geral, mas a um grupo particular, seja ele económico, político, religioso, clubista, etc.. E, se alguns dão lucro, outros dão prejuízo, mas este último é coberto pelas vantagens, monetárias ou não, obtidas noutros campos.
Nestas condições é o público em geral bombardeado com "notícias" absolutamente inúteis, sendo por vezes notória a notícia que é "não temos nada de novo". O tempo é precioso e gasto de uma forma completamente inútil para os visados, mas muito útil para quem quer comandar as consciências, uma vez que impede o seu emprego na aquisição de conhecimentos válidos, que levem a pensar e eventualmente a contestar a maneira como a sociedade está a ser gerida.
Nos últimos tempos tem esta tendência sido agravada, com os casos da licenciatura do Primeiro-Ministro, da Câmara de Lisboa, dos ditos do Ministro das Obras Públicas, do aeroporto da Ota e da menina raptada no Algarve.
Pensemos: independentemente da maneira como cada caso afecta pessoalmente os intervenientes (sendo um dos casos uma tragédia), que influência têm realmente na evolução do País?
Há gente interessada em que não se pense, para que as soluções propostas sejam bem aceites, ou seja, há quem queira anestesiar os cérebros para poder actuar.

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