Sunday, February 24, 2008

Liberalismo

Nos últimos tempos assistiu-se a uma série de escândalos nos negócios financeiros que ajudaram a criar um clima de crise permanente durante largos meses.
Tivemos o que ficou conhecido pela crise do "subprime" e que mais não é que o desabar de um edifício montado para obter lucros faraónicos explorando pessoas sem capacidade económica. Trata-se de emprestar dinheiro a pessoas que não têm capacidade económica e com o pretexto de que não haveria garantias de que pagassem, elevando o juros para aumentar os lucros. Ou seja criar uma situação artificial de aumento de produtividade. O que aconteceu já se sabe, com a crise nos EUA, os clientes deixaram de pagar e muitos milhões ficaram por pagar, muitos banco ficaram em muitos maus lençóis. O que acontece então? Os bancos centrais, estaduais, injectam rios de dinheiro no sistema financeiro para evitar a falência dos gananciosos e maus gestores que criaram a situação, salvando-os dos próprios erros, eles que juram que os Estados intervencionistas são a pior doença da economia.
Em Portugal a crise do BCP foi travada com a intervenção da Caixa Geral de Depósitos, aberta ou encapotadamente. Não foi evitado que os aldrabões saissem com reformas e "indemnizações" de valores inacreditáveis para o nível de vida português.
Em França temos o escândalo Société Générale, que vendeu quantidades brutais de títulos após a descoberta dos problemas que um empregado tinha causado, provocando uma queda nas cotações que prejudicou muito os pequenos investidores. No mesmo país o MEDEF (a CIP de lá) mostra-se preocupado com o nível exagerado das remunerações das administrações...
Na Alemanha temos o escândalo Die Post...

Para quando uma intervenção decidida e radical dos Estados?


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