A palavra religiões aparece no título, porque é a origem das outras, se não houvesse religiões não havia ateus ou agnósticos. As religiões aparecem para solucionar, para algumas pessoas, o problema da chamada salvação. Esta salvação não deve ser entendida como o é pelos judaico-cristãos, mas de uma forma mais lata, que se pode resumir como o objectivo de dar sentido à vida e conseguir a plena integração do individuo no meio, que para os estóicos era o cosmos e para os cristãos é a obtenção do paraíso.
Há pessoas que pretendem conseguir esse objectivo por si próprias, impondo regras de comportamento a si próprias, de forma a que a sua filosofia de vida os leve a um desenvolvimento harmonioso das relações com tudo o que os rodeia e só necessitam de meditar nos seus objectivos e na maneira de os conseguir (é um grande só). Como não precisam que uma entidade designada por deus lhes dite o comportamento são chamadas ateus.
Outras pessoas, pelo contrário, precisam que alguém lhes diga o que e como fazer para atingir os mesmos objectivos, e como tem que ser alguém muito superior inventam deuses, que por processos mais ou menos sofisticados comunicam com os terrestres, exigindo-lhes comportamentos que lhes agradem. E assim aparecem as religiões, que, quando organizadas por peritos são um factor de alienação e de dominação das sociedades.
Quanto aos agnósticos, sempre achei esta coisa, ou seja, de se afirmar agnóstico, uma posição muito estranha, estilo enterrar a cabeça na areia. Esta minha estranheza agrava-se com o facto de a maioria das pessoas que se declaram agnósticas serem, ou pretenderem ser pensadores ou até filósofos. Afirmar que não se sabe se deus, ou melhor um deus existe ou não porque nunca se viu é o mesmo que afirmar que não se sabe se existem marcianos ou cavalos verdes, porque nunca se viu nenhum.
Cabe a quem faz uma afirmação prová-la e não o contrário, é na maior parte das vezes impossível provar a negação, exactamente pela sua própria natureza negativa. O ser é que deve ser provado, e portanto sendo o número de possibilidades negativas infinito é inútil ficarmos à espera que uma se torne em positiva para extrairmos as nossas conclusões.
Finalmente e para responder concretamente à pergunta tema do debate: o agnosticismo é a ausência de racionalização dos problemas, a religião é a transferência desses problemas (passar a batata-quente) e o ateismo é a assunção desses problemas de frente e com a coragem que a vida nos exige.
Debate interblogues, “Será o agnosticismo mais racional que o ateísmo?”, promovido por Helder Sanches
Há pessoas que pretendem conseguir esse objectivo por si próprias, impondo regras de comportamento a si próprias, de forma a que a sua filosofia de vida os leve a um desenvolvimento harmonioso das relações com tudo o que os rodeia e só necessitam de meditar nos seus objectivos e na maneira de os conseguir (é um grande só). Como não precisam que uma entidade designada por deus lhes dite o comportamento são chamadas ateus.
Outras pessoas, pelo contrário, precisam que alguém lhes diga o que e como fazer para atingir os mesmos objectivos, e como tem que ser alguém muito superior inventam deuses, que por processos mais ou menos sofisticados comunicam com os terrestres, exigindo-lhes comportamentos que lhes agradem. E assim aparecem as religiões, que, quando organizadas por peritos são um factor de alienação e de dominação das sociedades.
Quanto aos agnósticos, sempre achei esta coisa, ou seja, de se afirmar agnóstico, uma posição muito estranha, estilo enterrar a cabeça na areia. Esta minha estranheza agrava-se com o facto de a maioria das pessoas que se declaram agnósticas serem, ou pretenderem ser pensadores ou até filósofos. Afirmar que não se sabe se deus, ou melhor um deus existe ou não porque nunca se viu é o mesmo que afirmar que não se sabe se existem marcianos ou cavalos verdes, porque nunca se viu nenhum.
Cabe a quem faz uma afirmação prová-la e não o contrário, é na maior parte das vezes impossível provar a negação, exactamente pela sua própria natureza negativa. O ser é que deve ser provado, e portanto sendo o número de possibilidades negativas infinito é inútil ficarmos à espera que uma se torne em positiva para extrairmos as nossas conclusões.
Finalmente e para responder concretamente à pergunta tema do debate: o agnosticismo é a ausência de racionalização dos problemas, a religião é a transferência desses problemas (passar a batata-quente) e o ateismo é a assunção desses problemas de frente e com a coragem que a vida nos exige.
Debate interblogues, “Será o agnosticismo mais racional que o ateísmo?”, promovido por Helder Sanches
1 comment:
Viva,
Gostava de te alertar para mais um Debate Interblogues: Será a Religião Eterna e Inevitável?.
Conto com a tua participação.
Um abraço.
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