Wednesday, February 18, 2009

Conferências no Casino

As Conferências no Casino foram um marco no século XIX português sobretudo pela intenção, e pelo grupo de pessoas que dele faziam parte. Tratava-se de dar uma visão moderna e actualizada do mundo de então, de forma a que a intelectualidade portuguesa não se atrasasse em relação aos seus pares estrangeiros. Assim pensavam Antero de Quental, Eça de Queiroz, Batalha Reis e Augusto Soromenho, entre outros. As autoridades monárquicas e a igreja não gostaram e as conferências foram proibidas.

Actualmente, na Figueira da Foz realizam-se umas "Conferências no Casino" cujo objectivo parece ser o oposto, ou seja, embrutecer as mentes. Pelo menos as notícias que chegam são de que os últimos conferencistas, além de serem altos dignitários da ICAR, produzem afirmações dignas dos seus colegas do século XIX.

Tuesday, February 10, 2009

A Itália, BXVI, Portugal

Em Itália e para obedecer a um ditame religioso (Caso Eluana) o Primeiro Ministro estava disposto a fazer um Decreto que contrariava uma decisão do Supremo Tribunal.
Em Portugal a ICAR e seus acólitos movimentam-se para que tenhamos de pagar aos seus ministros em diversas situações, e também querem intervir como religião nos destinos do País.
No caso da Itália valeu o Presidente da República, no caso de Portugal vamos a ver quem nos vale.

Futebóis

Todos os jornais são unanimes em referir que o último golo do FCP foi ilegal ou criado pelo árbitro, mas depois nada... É por isso que não vou ao futebol nem vejo na TV , prefiro outro tipo de ficções.

Investigações

A investigação do alegado caso FREEPORT vai ser averiguada....
É extraordinário que só após muita chafurdice se resolvessem a ver o que há de errado na investigação.
Esperemos que as averiguações à investigação não tenham de ser auditadas.

Tuesday, February 03, 2009

Confusões

Uma coisa que o cidadão comum sente, e não só agora, é que os poderes institucionais da República não cumprem com rigor os seus papéis. A acrescentar a estes ainda há o quarto poder a ajudar à barafunda. Este último, a Imprensa, só vê as audiências ou tiragens fugindo a qualquer consideração de ética profissional assim que vislumbra um aumento de receitas. Os poderes institucionais andam também de cabeça perdida. O Presidente da República convida padres para cerimónias oficiais, critica Leis que promulgou, faz birras com outras e ninguém percebe porquê... Na Assembleia da República os deputados faltam a votações de propostas próprias, parece que estão sempre mais ou menos ausentes em "trabalho político" esquecendo que nós é que lhes pagamos e subvencionamos os partidos, para que estejam lá; o resto deve ser tratado nas horas vagas. O Governo está assarapantado, e não é para menos, com a crise e parece não saber o que fazer, excepto seguir o que os Governos dos grandes países da UE decidem (não é muito mau). A Justiça produz sentenças imcompreensivelmente leves para casos que consideramos graves e ao invés aplica mão pesada em crimes que socialmente não são reprováveis. Tem ainda a ficção chamada "segredo de justiça" que melhor seria chamar-se "segredo de Polichinelo" uma vez que, quando os casos interessam, todos os media parecem saber tudo, até antes dos investigadores...
Admirem-se, portanto, os membros destes órgãos se a população se distanciar cada vez mais de tudo o que cheira a poderes públicos, não votando, fugindo à Justiça e tratando da sua vida o melhor que se pode sem se chegar demasiado à República.

Monday, February 02, 2009

Casamentos

As forças conservadoras, para não usar o epíteto reaccionárias, andam preocupadíssimas com o que se passa na casa dos cidadãos. Primeiro vem o Sr. Policarpo, que tem uma larga experiência do assunto, falar do casamento de mulheres católicas com homens muçulmanos, antevendo graves problemas quando isso acontece. O problema é que os casamentos mistos são, do ponto de vista da ICAR, para serem católicos, uma vez que o conjuge não católico é obrigado a prometer que os filhos serão educados catolicamente. Se tudo fôr cumprido fica a parecer que há uma pessoa que está errada, uma vez que todos os outros obedecerão às orientações da ICAR. Os muçulmanos não vão nisso, eles é que querem mandar, eles é que estão certos. É perfeitamente claro que esta questão se põe entre duas quaisquer religiões uma vez que todos os crentes acham que a sua é que é a verdadeira, mesmo que disfarcem a violência dessas crenças.
Em segundo lugar vem o Presidente da República (!!!!), discernir sobre a Lei do divórcio, que foi obrigado constitucionalmente a promulgar, achando que não é correcta e vai conduzir a novos pobres. Este PR já nos habituou a atitudes estranhas, não se conformando com o papel que a Constituição lhe destina, mas vir criticar "a posteriori" uma Lei aprovada várias vezes na Assembleia da República parece uma atitude que levaria um cidadão mais coerente a demitir-se.